Iniciamos a busca pelo superobjetivo. Aquele que irá definir, como o próprio nome já diz, o objetivo principal, mais que isso - o objetivo neural da nossa próxima montagem. Ao definirmos o superobjetivo, ele é quem nos guiará ao longo de todo o processo de criação e preparação do ator - tanto na forma individual, como na coletiva.
Para Constantin Stanislavski, quem empregou o termo, o superobjetivo é o elemento que dá sustentação e sentido à peça. Assim, personagem, objetivo, emoção, inter-relacionamento, situação, enfim, todos os elementos constitutivos de um enredo, devem dirigir-se a um mesmo alvo, fundir-se numa mesma corrente principal, que é o superobjetivo.
Pode parecer simples, mas não é. É preciso achar um ponto em comum. Descobrir algo, um assunto, um tema pelo qual todos do grupo se interessem e sintam a sensibilidade e a necessidade de transmitir ao público de maneira crítica e contundente.
Em dois encontros já discutimos diversos assuntos. Expomos cada um o seu ponto de vista sobre tudo o que foi apresentado em roda. De sustentabilidade, passando por política, violência e corrupção, até fanatismo religioso, esses e outros já foram analisados. Mas nada foi definido (ainda).
Porém, com todas as discussões, a semente do suberobjetivo já apontou no campo das ideias do grupo: a semente da INQUIETUDE.
Concluímos que cada um propos debates referentes a assuntos que inquietam a nós mesmos e que interferem diretamente na felicidade do ser humano.
Sendo assim, por enquanto, nosso suberobjetivo parece estar atrelado às inquietudes que incomodam e/ou impulsionam o homem a se indignar e/ou a correr atrás dos seus sonhos...
Continua...
Por Joice Rodrigues
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